Para quem ama a moda o Verão é tudo.
Em nossa aldeia a cor de nosso mar se modifica e saí do verde esmeralda translúcido do inverno, e passa à transparência azul turquesa das águas quentes de verão no Oceano Atlântico. Os reflexos do sol amarelo ouro é uma tentação a pele e um convite ao bronzeado.
As mulheres podem em fim libertar os cabelos do liso absoluto do inverno encontrando o volume natural de seus cabelos, que secam naturalmente com o ar quente do vento atraído pelo Atlântico. Janeiro eu lhe declaro minha paixão !!!
Neste mês maravilhoso nem o verão de Carrie Bradshaw com seus perfects outfits me faz inveja, como não tenho Manhattan para ir babar na vitrine de Manolo Blahnik me conformo com o plano Palumbo e vou ao CCAB Petrópolis.
Aqui confesso uma certa idolatria por esta galeria que nasceu ideal para esta estação, seus bancos são perfeitos para um papo de final de tarde e este ano os lojistas num toque de gênio adornaram as calçadas com pufs e poltronas dando hype em suas vitrines, pois estes pequenos espaços são deliciosamente perfeitos para observação da moda.
Minha total decepção neste cenário perfeito era a total falta de sintonia entre as roupas e acessórios expostos e o contexto atual da moda.
No momento em que a moda festeja Channel, não há nada do urban navy para vender.
A Dellirium está com aquele aspecto Brasil brejeiro que ninguém aguenta mais, de batas e vestidos largados estampados que muito lembram o estilo estampa de chita.
Hey Girls: o estilo e estampas trendy são as inspiradoras e caleidoscópicas Pucci em nada parecido com o acima citado.
A Cantão por sua vez encara o eterno estilo setentinha Hippie Chic visitando demais o Hippie e deixando de lado o chique, confesso que minha única saudade da década de 70 é o That 70's Show que lançou para o estrelato Ashton kutcher, as roupas do seriado são muito mais interessantes que as da Cantão é só conferir no canal Sonny que reprisa a série.
Mas, minha maior decepção foi realmente a Renata Telles que incorporou o nude e o tigre como tema de sua vitrine principal deixando totalmente de lado o Verão, o qual apenas aparece nas lindas sadálias turquesa de um expositor sem qualquer destaque.
Embora, o nude claramente seja uma tendência, no verão ele estará limitado as roupas, partindo pra os acessórios somente do inverno, sim eu admito este é o ano do tigre... mas o Verão ainda não acabou, então vamos nos render as cores quentes por favor...
A Collé há muito me decepciona com seu estilo perua chic... Newsflah as peruas também vão a Pirangi. O mix de estilo era tanto que não consegui identificar as sandálias.
Contudo, o ápice de tudo o que não se deve comprar está na la femme... além do golden revival, a vitrine que apresenta a versão Brasil Brejeiro da clássica homenagem da Dior a Lady
Di, é de um mau gosto escabroso, a marca Dumond foi infeliz ao visitar esta it bag, a estampa que imita palha está exatamente igual a uma forração de sofá de extremo mau gosto.
Como amo a moda sinto verdadeira ogeriza quando o trágico remake de um clássico acontece e ainda é enaltecido....
Por outro lado os louros da moda nunca são oferecidos a quem merece, porque apesar de recentemente ter sido citada como sagrada pelo seriado teen mais referenciado em matéria de moda, Gossip Girl, a Schutz parece não ter o menor valor para a Renata Telles que lhe reserva um único espaço de estrela do mar lembrando que ainda é verão.
Aldeia é aldeia, e cultuar a moda não é para todos.
Cultuemos, porém o Verão antes que cheguem as águas de março.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
domingo, 27 de setembro de 2009
Uma entrevista e um Livro
Com a ansiedade típica de todo recém formado fui à uma entrevista em escritório de advocacia.
Escrevi o meu currículo que é estranhamnte inusitado, pois a minha formação é um tanto eclética: fiz um curso superior em Artes, uma especialização em História da Arte, participei do laboratório mitologia grega do professor Franco Jasiello, cursei por 4 anos a graduação em Arquitetura, estudei moda e história da indumentária como curso profissionalizante no senai, fui professora (sou licenciada) e tenho um curso de inglês como segunda língua que já salvou minha vida algumas vezes.
Hoje sou bacharel em Direito, um limbo entre ser um advogado e não ser um estagiário,
a entrevista era para ser consultor ( praticamente a única coisa que um bacharel pode fazer), um dos requisitos era falar inglês. Como o essencial na minha entrevista era o inglês me preparei para responder as possíveis perguntas. Para meu espanto a minha entrevistadora não falava inglês muito além de Hello! não fazia a menor idéia de que para entrevistar uma pessoa para uma ocupação era necessário saber falar o idioma que a ocupação exige. Minha entrevista foi um sucesso quem a concluiu foi um cliente em potencial que também estava um pouco perplexo com a situação. Ao final agradeci muitíssimo a oprtunidade, mas declinei, porque a receita se enquadava exatamente naquele limbo de não ser um estagiário e tão-pouco advogado.
Mas, assim funcionam as coisa na minha aldeia, pessoas que não têm a menor ideia de como realizar um trabalho o fazem ou contratam alguém para fazê-lo.
Apesar do mar azul, dias de uma luminosidade incrível e do prazer de conhecer as pessoas que passam na rua, em alguns dias é particularmente difícil morar na aledeia.
Em dias como o que eu acabo de descrever ou como em um outro, quando em uma livraria perguntei pelo clássico Robson Crusoe e a vendendora me respondeu que ainda não havia saído a temporada em DVD ou mesmo o episode guide, qual foi a supresa dela, quando lhe disse que uns trezentos anos antes da fox essa história já pertencia a Daniel Defoe, e que Robson Crusoe é um produto da literatura e outras vezes já foi explorado por Hollywood. O que seria das livrarias sem os computadores ? Onde estão os livreiros ? Quem são esse jovens que nos levam para uma maquininha e não sabem o que vendem? Qual será o requisito para contratá-los? Informática? Saber ler os códicos de barra? Literatura deve ser secundário mesmo até para quem o contratou que apenas dirige um negócio como outro qualquer e lucra com sua atividade sem preocupar com a qualidade do desenvolvimento. Como confissão declaro que realmente me lembrei do livro através do seriado, que me causou estranheza da história que eu já havia lido na adolescência.
Aldeia é aldeia e o privilégio de ver o mar nos força a conviver em situações de desprivilégio total !
Isabelle Naya
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Ideias tem acento !
Todos sabem que adoro escrever e observar... Por puro tédio penso que faltam ideias reais, concretas e até mesmo sinceras, sobre o quotidiano do nosso mundinho de cada dia. Há sempre o recheio das crônicas sociais que pouco tem haver com a literalidade da crônica e em muito se assemelham a publicidade.
Então, para fugir ao silêncio oprimente daqueles que consentem com tudo e não enxergam quase nada resolvi começar a escrever crônicas reais sobre quase tudo ou quase nada dependendo : do modo, de termo e é claro que das condições normais de temperatura e pressão.
Como não sou internauta profissional e sim, claro, tenho uma profissão não esperem twittys, pois escrever requer pensar e pensar demanda vivência e vivência exige viver....
Esperem as histórias vai valer a pena. Porque aqui as ideias tem acento!
Isabelle Naya
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